• Pedagogia Social como Antidestino
    v. 5 n. 1 (2018)

    EDITORIAL

     

    Eis o quinto número da Revista de Pedagogia Social (RPS), da Universidade Federal Fluminense. Sejam bem-vindos! Neste, em especial, abordaremos, através de artigos, resenhas e relatos de experiências, uma fonte reflexiva sobre ser a Pedagogia Social um Antidestino. Em tempos de interdição de vários direitos como o de ir e vir, à educação, à saúde, ao trabalho e ao lazer, por exemplo, vivenciamos-assistimos, a trama contra o futuro de crianças, jovens, nação.

    O presente número trata de uma cartografia pedagógica-social que, nos permitirá observar, refletir e inferir temáticas oriundas das possibilidades da escrita de outras histórias para crianças, jovens e suas famílias. Trata-se de um grande desafio, pensar em uma pedagogia que através de um trabalho invisibilizado, desconsiderado e desacreditado, traga um diálogo emancipatório em tempos de turbulência.

    A presente edição trata a Pedagogia Social como ajuda humanitária pedagógica, como antidestino. Desse modo, cuida do socorro aos excluídos, porque foram apartados em tenra idade de um futuro digno. Refletir acerca do eixo educação-pobreza a partir da educação dos sentimentos em diálogo com a educação do intelecto torna-se fundamental. Propomos, em especial, uma nova agenda pedagógica compartilhada com as demais ciências.

     

    Excelente leitura!

     

    Margareth Martins de Araújo

    Editora Executiva

    ISSN 2517-0974

  • Pedagogia Social como Jornada Pedagógica
    v. 6 n. 2 (2018)

    EDITORIAL

     Bem-vindos ao sexto número da Revista de Pedagogia Social (RPS), da Universidade Federal Fluminense! No presente volume abordaremos um tema construído, ao longo de onze anos de exercício de uma Pedagogia Social que se faz como jornada. De mochila nas costas, caminhando, refletindo, pesquisando, teorizando sobre o vivido e inspirada pela peripatética da Grécia antiga, chagamos ao presente conteúdo.

    Trata-se da produção elaborada para a XI Jornada de Pedagogia Social da Universidade Federal Fluminense que, teve por objetivo, divulgar e aprofundar os conteúdos da Pedagogia Social realizada pelos cinquenta e seis conferencistas convidados para a ocasião.

    A Jornada contou com a presença de quatrocentos Educadores Sociais imbuídos do desejo de partilhar conhecimentos sobre a Pedagogia Social. Com uma metodologia teórico-prática, os trabalhos foram apresentados de forma ética, estética, coletiva e profundamente envolvida, com temas que, emergem de uma pedagogia presente e necessária na atualidade.

    Como artesãos que dominam o processo de produção, os artífices presentes na XI Jornada da Pedagogia Social brilharam, contribuindo para o enriquecimento das reflexões acerca do tema pesquisado. Foi uma honra tê-los conosco!

     

    Excelente leitura!

    Margareth Martins de Araújo

    Editora Executiva

    ISSN 2517-0974

     

  • Pedagogia Social: Uma pedagogia NECESSÁRIA
    v. 4 n. 2 (2017)

     

    EDITORIAL

     

    Bem-vindos ao quarto número da Revista de Pedagogia Social (RPS), da Universidade Federal Fluminense. Neste número, em especial, abordaremos, através de artigos, resenhas e relatos de experiências, um manancial reflexivo sobre ser a Pedagogia Social uma pedagogia NECESSÁRIA.

    Quando e onde a pedagogia tradicional desiste, a Pedagogia Social insiste. Insiste com os rotulados, com os marginalizados, com os improváveis. Insiste em formar educadores sociais sensíveis ao outro e marcados pela solidariedade, ética, cooperação e humanidade. Insiste em fortalecer vínculos, em vivenciar a unidade teoria-prática, e acima de tudo, insiste em instaurar e renovar o pacto com a educação, independente de onde ela se dê.

    Trata-se de uma Pedagogia especialíssima e extremamente necessária à atualidade, porque comprometida e imbricada, com a natureza básica da humanidade: amor, gentileza, compaixão, empatia e emancipação. Ela demanda uma capacidade intelectual compromissada com a existência humana, com o deixar-se afetar pelo outro na busca pela superação de situações limites. Como o paládio azul transmuta realidade, conecta-se ao futuro e transcende ao instituído. Falamos de uma Pedagogia revolucionária, dedicada ao zelo e ao cuidado em todas as dimensões. É a Pedagogia dos contextos de emergências. É a Pedagogia da complexidade. Eis o paládio azul da educação.

     

    Excelente leitura!

                                                                               Margareth Martins de Araújo

                                                                                         Editora Executiva

     

     ISSN 2517-0974

     

  • PEDAGOGIA SOCIAL: A PEDAGOGIA DA CONVIVÊNCIA
    v. 3 n. 1 (2017)

    EDITORIAL

     

    Bem-vindos ao terceiro volume da Revista de Pedagogia Social! Estamos em festa! Faz exatamente um ano que lançamos esse projeto com o intuito de democratizar reflexões, realizadas por educadores sociais, em seus múltiplos e complexos espaços de atuação. Com o decorrer do tempo e com a avaliação de estudiosos da área, descobrimos ser a primeira revista de Pedagogia Social da América Latina e a segunda do mundo, fato revelador da necessidade de ampliarmos cada vez mais nosso campo de ação. Já contamos com cerca de mil acessos.

    Há muito que a Pedagogia Social vem abrindo espaço junto aos educadores por conferir um caráter social à educação e por fazê-la ousar novas perspectivas, oriundas de matizes impensados. Não se trata da panaceia da educação, mas confere novos contornos ao fazer educacional, ao mesmo tempo em que dialoga com os desafios oriundos de uma sociedade em permanente transformação. Eis o fator que afere certo viço à Pedagogia Social: chamar para si os desafios oriundos da transformação permanente ao qual estamos inseridos.

     

    Desta forma, temos por título: “Pedagogia Social: a Pedagogia da convivência”. Tal termo foi cunhado após três décadas de trabalho voltado para os excluídos. Estes são o fruto produzido, principalmente, por políticas públicas equivocadas e irresponsáveis, projetadas há décadas com profunda e total desconsideração para com o outro.  Os anos passam e as desigualdades se ampliam de forma perversa, implacável e profunda. É a essência neoliberal produzindo, cada vez mais, pobres entre os pobres. Mudar a conjuntura e permanecer com a mesma estrutura dá ao povo a falsa sensação de que as coisas estão mudando para melhor? Será?

    Todas as características que descrevem a Pedagogia Social fazem com que ela seja dialógica e não possa existir sem o outro, integrante do cenário pedagógico educacional. Uma Pedagogia com esse perfil exige um educador com assemelhado perfil. São educadores ávidos por ensinar, em ter sucesso no que fazem e em superarem-se cotidianamente. São pesquisadores por excelência e educadores por persistência. Promovem, através do seu fazer, uma pedagogia includente, dialógica e feliz. Há prazer no que fazem e propiciam processos pedagógicos prazerosos. É com o outro e pelo outro que atuamos no sentido de construir um fazer pedagógico íntegro, digno, dialógico e plural.

     

    Ótima leitura!

     

                                                                               Margareth Martins de Araújo

     

                                                                                         Editora Executiva

     

     ISSN 2527-0974

     

     

  • Pedagogia Social: a Pedagogia dos improváveis
    v. 2 n. 02 (2016)

    EDITORIAL

     

    Caros leitores, saudações!

     

    É com alegria que chegamos até aqui com mais de três mil acessos ao volume I da Revista de Pedagogia Social (RPS), da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (FEUFF). Nosso objetivo, acima de tudo, é propiciar um canal de socialização de reflexões acerca da Pedagogia Social em curso, dentro e fora da escola. Refazer o pacto dos educadores com a Educação tem sido apontado, anualmente, após o período de avaliação dos nossos cursos (Extensão e Especialização), de Jornadas de Pedagogia Social e de palestras proferidas, como uma forte marca do trabalho realizado pelo Projeto PIPASUFF. Quando tal afirmativa nos é apresentada, a partir daqueles com os quais trabalhamos, vai se delineando, paulatinamente, um percurso antes não imaginado, confirmando a necessidade urgente do exercício de uma pedagogia que, para além de social, seja humanitária.

    Dados da UNICEFE (O Fundo das Nações Unidas para a Infância), ainda de 2013, sobre crianças sofrendo com a pobreza no mundo, estampados no dia de hoje nos principais jornais que circulam no país, revelam a existência de 385 milhões de crianças vivendo em extrema pobreza. Nos países em desenvolvimento, quase 20% das crianças moram em lares com renda per capita inferior a $ 1,90/dia (R$182,40 – mês), menos de dois dólares por dia. De posse desses dados, é possível detectar a necessidade crescente do desenvolvimento de uma ação pedagógica capaz de se voltar para o sucesso escolar de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. Falamos sobre uma pedagogia humanitária, capaz de retirar do estado de indigência educacional, milhares de seres, vítimas do flagelo educacional brasileiro.

    A pesquisa com os excluídos da nossa nação, trouxe a compreensão sobre a necessidade do convívio cotidiano, do desenvolvimento de empatia para com suas questões, e o exercício de humildade para com eles aprender. É simples assim, com toda a complexidade existente na simplicidade, os educadores sociais se movem no mundo, em busca de ajuda humanitária para a humanidade. O fazem a partir da Educação, por ser a área através da qual se colocam a serviço da justiça social, nas mais diversas frentes de ação, incluindo os excluídos integrantes de um fenômeno construído histórica e politicamente em nosso país, a partir de políticas governamentais equivocadas.

    Há três décadas, quando travei contato com a Pedagogia Social, sem sabê-lo, não poderia imaginar o quão profundo e necessário era e seria aquele campo de ação, visão, reflexão. Foi nele, por ele e com ele, que hoje chegamos até aqui, apresentando o V.II da RPS. Ao longo das décadas, pensei que o fazer da Pedagogia Social, por mim a ser exercido, se restringia apenas ao ambiente escolar. Ledo engano. O fazer da Pedagogia Social vai além, muito além... É uma proposta pedagógica que trabalha não apenas de forma preventiva, dentro das escolas, construindo o sucesso de educadores, educandos e suas famílias; mas também curativa, como alternativa de superação, nas ruas, hospitais e presídios, por exemplo.

    Neste segundo volume, encontrarão artigos e relatos de experiências que apontam para o universo mais ampliado da Pedagogia Social, os quais nos farão compor gradativamente nossa compreensão sobre o tema e sua importância na atualidade.

    O convite é para que todos tenham uma excelente leitura!

    Margareth Martins de Araújo

    Editora Executiva

    ISSN 2527-0974

  • Os três pilares do Educador Social
    v. 1 n. 01 (2016)

    É com alegria que nos dirigimos a todos para o lançamento do primeiro exemplar da Revista de Pedagogia Social (RPS) da FEUFF. Ela se constitui em espaço de reflexão, troca de experiências, comunicação e aprofundamento, de questões oriundas dos desafios do exercício da Pedagogia Social. Uma Pedagogia que nos remete para além da escola.

    A Pedagogia Social é um componente da Pedagogia que se responsabiliza diretamente com a inclusão das crianças em situação de vulnerabilidade social no universo escolar. Quanto mais a população de um país é entregue a própria sorte, maior se faz a necessidade da pedagogia Social, que se traduz em um fazer pedagógico voltado para a realidade das crianças e adolescentes expostos a todo o tipo de dificuldades oriundas de uma educação direcionada para um público com valores e necessidades bem diferentes.

    Dificuldades estas que não abrangem apenas o âmbito educacional como também o social, o político e o afetivo, por exemplo. Ao abraçarmos a Pedagogia Social como tema de trabalho, como foco do nosso interesse, como questão reflexiva, o fizemos por perceber o quanto precisamos aprender com os sujeitos do flagelo social brasileiro para com eles trabalhar. São milhões de crianças e jovens que não se vêm contemplados no cotidiano das escolas, que se sentem alijados de um processo do qual seus próprios pais e avós, quem sabe, também o foram e, por mais que possa parecer uma “questão hereditária”, trata-se de um processo histórico de exclusão que, ao longo dos anos, transforma em marginais seres humanos capazes, competentes e brilhantes.

    Muito pouco ou quase nada do que aprendi me auxilia para com eles lidar. É preciso me formar, me alfabetizar em uma nova forma de ser e estar professora para construir um novo sentido para o magistério por mim exercido. Penso existir em algum lugar professores que comunguem com minhas ideias e é para eles e com eles que abrimos um espaço de trabalho como este. As questões investigativas são construídas, principalmente, na dor, no calor do exercício de um fazer que se impõe a cada dia, a cada hora. Não diferente, suas respostas são oriundas do amor, do compromisso forjados a ferro e fogo no cadinho da existência humana.

    Apenas um professor capaz de enxergar-se em seus alunos, será capaz de ao resgatá-los do processo de indigência educacional em que se encontram resgatar- se também. Ouso afirmar a existência de um tripé que se constitui em um desafio permanente para o Educador Social: o primeiro pilar é o da construção de sua própria identidade. Uma identidade que só faz sentido atrelado ao outro; ou seja, ao aluno. O segundo o da aceitação, é preciso aceitar seu aluno como ele é, com suas histórias e memórias, com seus textos e contextos de emergências. É possível afirmar que o processo de aceitação do outro passa, principalmente, pela própria aceitação, caso contrário, não passará de mero discurso representado por palavras soltas ao vento. Falamos, portanto, de testemunho vivo de um fazer capaz de pôr em diálogo o binômio teórico-prático, invocando permanentemente a questão da coerência, o que nos é bastante desafiador. E finalmente, porém não menos importante, o terceiro pilar é o da responsabilidade. Para além de se identificar com os educandos e neles se reconhecer e, aceitá-los em sua legitimidade, o Educador Social precisa responsabilizar-se por eles. Responsabilizar-se a tal ponto por seu fazer pedagógico que será impensável não incluir o sucesso dos educandos no rol do seu próprio sucesso.

    Falamos, portanto, de uma relação de pertencimento capaz de compreender educador e educando como partes integrantes de uma mesma realidade, não fazendo mais sentido a existência de um sem o outro. Todos os Artigos, Relatos de Experiência e Resenhas fazem parte do universo de educadores sociais que militam da Educação Infantil a Pós Graduação, em universidades, escolas, orfanatos, Hospitais, ruas ou presídios. Os autores são profissionais que enxergam o fazer pedagógico em todos os espaços onde existem seres humanos. Trata-se da pedagogia necessária aos dias atuais. O convite é para que todos tenham uma excelente leitura.

                                                                            Margareth Martins de Araújo

                                                                                    Editora Executiva

    ISSN 2527-0974

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