EDITORIAL

Sejam bem-vindos ao sétimo número da Revista de Pedagogia Social (RPS), da Universidade Federal Fluminense. Neste dossiê abordaremos – em especial, através de artigos, resenhas e relatos de experiências – determinadas reflexões acerca da Pedagogia Social e a formação do educador social- pesquisador, sob a perspectiva de uma pedagogia que se faz restaurativa, sobretudo, ao exercitar a justiça cognitiva. Por justiça cognitiva compreendemos o esforço intelectual, realizado por educadores sociais, na busca de superação dos múltiplos vetores de exclusão dos quais crianças, jovens e suas famílias são vitimados. 

A pedagogia restaurativa se apresenta como um antídoto pedagógico no enfrentamento do flagelo humano seja na escola, na sociedade ou no mundo. Ainda que há alguns anos assistimos aos crescentes índices de violência no mundo – é possível afirmar que a humanidade sequer teve um minuto de paz –,hoje, esse processo da banalização do mal eclode mais intensamente dentro das escolas, fazendo com que muitas instituições e seus atores sociais busquem a interlocução com a universidade, observando-se, ao seu turno, as múltiplas formas de violência como: bullying, agressões individuais e coletivas, indústria do ódio, automutilação, suicídio, drogas, banditismo e terrorismo, entre outros.

Integrantes de uma cadeia de desesperança que assola não só a escola, mas o próprio mundo, nossos jovens deixam de sonhar, perdem o sentido da vida e constroem uma rota de fuga capaz de leva-los à própria destruição. Um processo de retroalimentação que exige de educadores uma busca frenética por superação.

Há de se ter uma pedagogia que dialogue com as emergências de uma sociedade que assiste incrédula ao próprio desmonte.

Excelente leitura!

Margareth Martins de Araújo

Editora Executiva

ISSN 2517-0974

 

Publicado: 2019-06-02

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